Ela chegou para mais um dia de trabalho. Gostava daquele lugar, às vezes uma ou outra irritação mas não trocaria aquele lugar por nada. Já tinha gravado todas as cenas e escrito o roteiro, só faltava a edição. Foi assim o primeiro encontro daqueles dois. Ele se apresentou e puseram-se a trabalhar, quando já estavam quase no final, surgiu outra idéia e ele refez. Ela agradeceu e foi embora. Parecia que cada um seguiria a sua própria vida.
Outros trabalhos, outros encontros. Um começava a fazer parte da vida do outro, a escolha das matérias surgia em dupla e eles passavam mais tempo juntos. Ela mudou seus horários para ficar mais próxima a ele. E ele trocava suas folgas e ia trabalhar só porque era com ela. E assim os dias passavam e cada um seguia a sua vida.
Ele mostrava a ela alguns documentários que tinha gravado e ela passava mais tempo ao lado dele. Na hora de ir embora, ela pegava outro ônibus só para passar mais tempo com ele que a deixava na porta de casa. “Imagina uma mulher sozinha a essa hora”. Eles começaram a se encontrar um no outro. Era fácil falar, não precisava pensar antes no que podia ou não, se era devido dizer aquilo naquele momento. Tudo fluía numa sincera amizade.
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